por leticiafranca | nov 14, 2024 | Sem categoria
Em 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, uma data que surgiu em parceria entre a Federação Internacional de Diabetes (IDF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar os brasileiros sobre a doença que atualmente atinge mais de 15 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Federação Internacional do Diabetes (IDF).
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em energia para a manutenção das células do nosso organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas de glicose no sangue podem levar
a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
O Diabetes é uma doença crônica que não tem cura, somente controle e a melhor forma de preveni-la é com práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e evitando álcool, tabaco e outras drogas).
Siga abaixo algumas orientações para viver bem com o Diabetes.
Tipos mais comuns de Diabetes
O diabetes mellitus pode se apresentar de diversas formas e possui diversos tipos diferentes. Independente do tipo de diabetes, com aparecimento de qualquer sintoma é fundamental que o paciente procure com urgência o atendimento médico especializado para dar início ao tratamento.
● Tipo 1: é uma doença crônica não transmissível, hereditária, causada pela destruição das células produtoras de insulina no pâncreas. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Geralmente aparece na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar o nível de glicose
no sangue.
● Tipo 2: ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida ou não produz insulina suficiente para controlar a glicose no sangue. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. A causa está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, colesterol elevado, hipertensão e hábitos alimentares inadequados.
● Pré-Diabetes: é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um Diabetes Tipo 1 ou Tipo É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios. Esse alerta do corpo é importante por ser a única etapa do diabetes que ainda pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de complicações. A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle.
● Diabetes Gestacional: ocorre temporariamente durante a gravidez. Geralmente, após o parto, os níveis de glicose se normalizam. Em alguns casos, entretanto, o diabetes pode persistir. Como este tipo de diabetes pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês), como está a glicose em jejum e a glicemia
após estímulo da ingestão de glicose, o chamado “teste oral de tolerância à glicose”. O controle, na maioria das vezes, ocorre com a orientação nutricional adequada e atividades físicas.
Fatores de risco
Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes.
● Diagnóstico de pré-diabetes;
● Pressão alta;
● Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicerídeos no sangue;
● Sobrepeso ou obesidade;
● Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes;
● Doenças renais crônicas;
● Diabetes gestacional;
● Síndrome de ovários policísticos;
● Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.
Sintomas
Diabetes Tipo 1: fome frequente; sede constante; vontade de urinar diversas vezes ao dia; perda de peso; fraqueza; fadiga; mudanças de humor; náusea e vômito.
Diabetes Tipo 2: fome frequente; sede constante; formigamento nos pés e mãos; vontade de urinar diversas vezes; infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele; feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada.
Complicações do diabetes
O diabetes, quando não tratado corretamente, pode evoluir para formas mais graves e apresentar diversas complicações tais como:
● Neuropatia diabética (lesão nos nervos): pode se manifestar por sensação de queimação, choques, agulhadas e formigamento nas extremidades do corpo, devido ao fato de alguns nervos serem afetados. Muitas vezes pode ser silenciosa e avançar lentamente, confundindo-se com outras doenças. É a complicação crônica mais comum e mais incapacitante do diabetes. Também é responsável por cerca de dois terços das amputações não-traumáticas, ou seja, aquelas que não são causadas por acidentes e fatores externos).
● Problemas arteriais e amputações: muitas pessoas com diabetes têm a doença arterial periférica, que reduz o fluxo de sangue para os pés. Além disso, pode haver redução de sensibilidade devido aos danos que a falta de controle da glicose causa aos nervos. Essas duas condições fazem com que seja mais fácil sofrer com úlceras e infecções, que podem levar à amputação. No entanto, a maioria das amputações são evitáveis, com cuidados regulares e calçados adequados. Cuidar bem de seus pés e visitar o seu médico imediatamente, assim que observar alguma alteração, é muito importante. Caso seja
fumante: pare de fumar imediatamente! O tabagismo tem sério impacto nos pequenos vasos sanguíneos que compõem o sistema circulatório, diminuindo ainda mais o fluxo de sangue para os pés.
● Nefropatia diabética (lesão nos rins): O diabetes pode trazer danos aos rins, afetando sua capacidade de filtração. Os altos níveis de açúcar fazem com que os rins filtrem muito sangue, sobrecarregando os órgãos e fazendo com moléculas importantes para o funcionamento do nosso organismo, como as proteínas, acabem sendo perdidas na urina. Quando a doença renal é diagnosticada precocemente, alguns tratamentos podem evitar/retardar o agravamento.
● Pé diabético: é uma das complicações mais comuns do diabetes mal controlado. São feridas que podem ocorrer no pé das pessoas com diabetes e têm difícil cicatrização devido aos níveis elevados de açúcar no sangue e/ou circulação sanguínea deficiente.
● Retinopatia diabética: é a perda visual significativa que pode levar a cegueira. Ao realizar um bom controle da taxa de glicemia, a chance de se desenvolver a retinopatia diabética é reduzida.
● Pele mais sensível: o diabético tem mais chance de ter pele seca, coceira e infecções por fungos e/ou bactérias, uma vez que a glicose em excesso favorece a desidratação. Além disso, a pele seca fica suscetível a rachaduras, que evoluem para feridas. E por conta da vascularização deficiente, a cicatrização é dificultada.
● Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco de contrair algum tipo de infecção.
Prevenção
O diabetes pode ser prevenido adotando comportamentos e medidas que reduzem os riscos, como:
● Manter uma alimentação saudável;
● Manutenção do peso ideal;
● Evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas;
● Controlar a pressão arterial;
● Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas;
● Praticar atividade física regularmente.
Tratamento e cuidados
No tratamento é importante seguir as orientações dos profissionais de saúde e destaca-se:
● Mudança de hábitos de vida: a mudança de hábitos de vida é fundamental para as pessoas com diabetes e envolve muitas vezes a orientação nutricional, prática monitorada de exercícios físicos, exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões, entre outros. O controle efetivo da glicose no sangue pode ser realizado por um meio de um monitor de glicemia, e geralmente é necessário o uso de medicamentos conforme prescrição médica, afim de reduzir o risco de complicações.
● Uso de medicamentos via oral: medicamentos para uso via oral podem ser prescritos e são disponibilizados nas unidades municipais de saúde gratuitamente para tratar o diabetes. Recomenda-se:
• Seguir as orientações da receita médica.
• Usar os medicamentos nas doses, horários e tempo indicados.
• Não alterar as doses receitadas.
• Não compartilhar o seu medicamento com outra pessoa.
• Na dúvida, tomar o medicamento com água.
• No caso de esquecimento, não tomar a dose dobrada.
Não se automedique! Em caso de dúvida procure um profissional de saúde.
● Uso de insulinas subcutâneas: A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM 1), mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Atualmente, as insulinas humanas “NPH” e “Regular” estão disponibilizadas nas unidades municipais de saúde, na apresentação de frascos e canetas, mediante receita médica e cartão SUS do paciente.
Para mais informações sobre o uso correto da insulina, acesse a cartilha.
Alimentação saudável
O cuidado com sua saúde requer uma boa alimentação, a fim de prevenir complicações que o diabetes pode gerar. A alimentação do paciente diabético deve ser preparada com alimentos naturais, livre de produtos industrializados.
Para montar um cardápio adequado, todas as refeições devem conter os 3 grandes grupos alimentares (carboidratos, proteínas e gorduras), mas sempre obedecendo as quantidades estipuladas pelo seu nutricionista, pois o excesso pode prejudicar o controle da sua glicemia (açúcar no sangue).
Siga abaixo algumas dicas:
Divida em 5 a 6 refeições diárias, em torno de 3 em 3 horas, evitando beliscar entre as refeições;
Mastigue bem os alimentos, pelo menos 20 minutos em cada refeição;
Consuma preferencialmente alimentos ricos em carboidratos integrais, pois são ricos em fibras e minerais, como pão integral, macarrão integral, arroz integral, rico em grãos;
Evite doces. Se for consumir, consuma com moderação e opte pelos livres de açúcar, utilizando adoçante em substituição ao açúcar;
Consuma verduras diariamente, junto com as principais refeições (alface, rúcula, agrião, acelga, couve, espinafre, chicória e repolho);
Opte por comer frutas com bagaço;
Evite consumir alimentos ricos em sal, como embutidos: linguiça, salsicha e frios;
Não utilize temperos prontos, dê preferência para ervas naturais, como: cheiro verde, coentro, cebolinha, alho e cebola;
Evite frituras, utilize alimentos assados, grelhados e cozidos, dando preferência às gorduras de boa qualidade, como azeite oliva extra virgem e gordura do abacate;
Opte por leite, iogurte e queijos com baixo teor de gordura (desnatados ou semidesnatados);
Faça a última refeição pelo menos 2 horas antes de deitar;
Hidrate-se bem, consuma pelo menos 8 copos de água diariamente.
SAIBA MAIS!
Para mais informações sobre o diabetes, acesse a cartilha.
Acesse a cartilha do Ministério da Saúde para mais orientação sobre o uso da caneta de insulina descartável e reutilizável para pessoas insulino-dependentes.
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Referências
Associação Nacional de Hospitais Privados. Hospital Santa Paula. Dia Nacional do Diabetes é celebrado em 26 de junho: quase 9% da população é afetada pela doença. 2017. Disponível em: https://www.anahp.com.br/noticias/dia-nacional-do-diabetes-e-celebrado-em-26-de-junho-quase-9-da-opulacao-e-afetada-pela-doenca/. Acesso em 19 jul. 2024.
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. gov.br. No Dia Nacional do Diabetes, conheça algumas das iniciativas da Rede Ebserh para prevenção e tratamento da doença. 2023. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/no-dia-nacional-do-diabetes-conheca-algumas-das-iniciativas-da-rede-ebserh-para-prevencao-e-tratamento-da-doenca. Acesso em 19 jul. 2024.
Ministério da Saúde. gov.br. 14 de Novembro: Dia Mundial e Nacional do Diabetes. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2022/14-de-novembro-dia-mundial-e-nacional-do-diabetes. Acesso em 01 ago. 2024.
Ministério da Saúde. gov.br. Diabetes Mellitus. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/diabetes. Acesso em 19 jul. 2024.
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Cartilha Educativa: Programa Viva a Vida com Diabetes na Cidade de São Paulo. 2022. Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/2cartilha_educativa_usuario_viva_a_vida_com_diabetes_22.pdf. Acesso em 19 jul. 2024.
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Coordenação de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho. Cartilha sobre Diabetes Mellitus. Disponível em:
https://institucional.ufrrj.br/casst/files/2021/02/Diabetes.pdf. Acesso em 19 jul. 2024.
por leticiafranca | set 5, 2024 | Sem categoria
A Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. Atinge cerca de 70 mil pessoas em todo o mundo, e é a doença genética grave mais comum da infância. A criança com FC tem dois genes alterados para a doença, tendo herdado um do pai e um da mãe. A cada gestação do casal, existe uma chance de 25% de nascer uma criança com FC.
Um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. O muco espesso leva ao acúmulo de microrganismos nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia, trazendo danos aos pulmões. Esse muco também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, o que impede que enzimas digestivas cheguem ao intestino. O corpo precisa dessas enzimas para digerir e aproveitar os nutrientes dos alimentos, essencial para o desenvolvimento e saúde do ser humano. Pessoas com fibrose cística frequentemente precisam repor essas enzimas através de medicamentos tomados junto às refeições, como forma de auxílio na digestão e nutrição apropriadas.
Foi instituído, no dia 05 de setembro, o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, com o objetivo de alertar sobre a necessidade de se realizar o correto diagnóstico da doença, que não tem cura, mas que pode ser controlada com tratamento multidisciplinar. O diagnóstico precoce, realizado com o Teste do Pezinho, ajuda a conter os sintomas e a melhorar a qualidade de vida do paciente.
Siga abaixo algumas orientações para aumentar a compreensão sobre a doença e da importância da adesão ao seu tratamento, instrumentos essenciais para que se obtenha uma melhor qualidade de vida dos pacientes.
Diagnóstico
Há suspeita de FC quando existe alteração no Teste do Pezinho, que é realizado do 3º ao 5º dia de vida da criança. Em caso de 2 testes do pezinho alterados para FC, deve ser realizado o Teste do Suor, que é o melhor método para confirmar ou descartar a doença.
O Teste do Suor consiste na estimulação da produção de suor nos antebraços. No material colhido, é realizada a dosagem de cloro. A quantidade de suor em pessoas com FC é normal, mas a quantidade de sal é muitas vezes maior do que o normal. Para o diagnóstico de certeza da FC, são necessários dois resultados alterados no teste do suor.
Sinais e Sintomas
• Obstrução intestinal;
• Dificuldade em ganhar peso e altura;
• Suor muito salgado;
• Desidratação frequente;
• Diarreia;
• Tosse crônica e frequente, geralmente com muito catarro;
• Infecções respiratórias;
• Extremidades dos dedos dilatadas (baqueteamento digital);
• Pólipos nasais/Sinusite crônica;
• Doenças no fígado;
• Atraso no aparecimento da puberdade;
• Infertilidade (impossibilidade de ter filhos).
É importante ressaltar que as manifestações clínicas da FC podem ser diferentes entre as pessoas e o médico é o profissional de saúde qualificado para realizar o diagnóstico da doença.
Tratamento
O tratamento da Fibrose Cística deve ser iniciado o mais cedo possível, para garantir uma boa nutrição e reduzir o impacto da doença, melhorando a qualidade de vida.
As bases do tratamento são a reposição das enzimas pancreáticas, do sal e de algumas vitaminas, o suporte nutricional, a eliminação do muco (agentes mucoativos e fisioterapia respiratória) e o tratamento das infecções pulmonares.
Terapia de Reposição Enzimática
A maioria dos pacientes com FC necessitam fazer a Terapia de Reposição Enzimática, ou seja, tomar as enzimas para facilitar a digestão e absorção dos alimentos. A quantidade ou dosagem das enzimas é definida pelo médico, de acordo com a idade, e o nutricionista define sua distribuição ao longo do dia, de acordo com o tipo e a quantidade de alimentos ingeridos pelo paciente.
Fisioterapia Respiratória
A fisioterapia é importante no tratamento, faz parte da rotina de todos os pacientes e deve ser realizada todos os dias. É um conjunto de exercícios, com técnicas específicas, que ajudam a manter o bom funcionamento dos pulmões e previnem as infecções respiratórias.
Os exercícios de fisioterapia são indicados para retirar o muco (catarro) dos pulmões, melhorar a ventilação e o condicionamento físico.
Alguns exercícios devem ser realizados em casa, duas ou mais vezes ao dia. O tempo de realização de cada exercício é determinado pelo fisioterapeuta.
Tratamento de Doenças Pulmonares
Antibióticos: As bactérias que se alojam no muco do sistema respiratório precisam ser tratadas, para não provocarem infecções. Os antibióticos prescritos pelo médico devem ser tomados exatamente conforme orientado (dose, duração e horário). Quando isto não acontece, a bactéria não é destruída e pode ficar resistente ao remédio, gerando problemas respiratórios mais graves, que necessitarão de outros antibióticos mais potentes (fortes).
Agentes Mucoativos: Os agentes mucoativos são utilizados para tornar o muco menos espesso, facilitando a sua eliminação.
Oxigenoterapia: Esta forma de tratamento é necessária quando os exames mostram que os órgãos do paciente estão recebendo pouco oxigênio, o que prejudica o seu funcionamento, o ganho de peso e o crescimento.
Nutrição
É muito comum os pacientes ficarem desnutridos, por causa da perda de nutrientes pelas fezes, pela falta de apetite e pelo gasto de energia para respirar, que aumenta muito durante os episódios de piora respiratória.
Para bebês, o leite materno é o alimento preferencial. Apenas quando este não estiver ganhando peso com o leite materno, a equipe poderá indicar a complementação com outros tipos de leite.
A alimentação deve ser rica em calorias, gorduras e proteínas. Caso seja necessário, o nutricionista poderá prescrever suplementos vitamínicos e minerais. Os suplementos devem ser tomados nos intervalos das refeições e não devem atrapalhar o almoço e o jantar.
Como os pacientes com FC perdem muito sódio e cloro (sal) no suor, a ingestão do sal é muito importante para evitar a desidratação, a perda de peso e a falta de apetite.
Atividades Físicas
Os pacientes de Fibrose Cística devem ser estimulados a participar das aulas de Educação Física da escola. Devem também fazer 20 a 30 minutos de atividade física, pelo menos 3 vezes por semana, conforme orientações do médico e/ou fisioterapeuta.
Cuidados Gerais
• Nos dias de muito calor, deve-se aumentar a ingestão de líquidos e sal na alimentação. Em algumas situações, o soro caseiro e o Soro para Reidratação Oral poderão ser utilizados;
• Realizar a fisioterapia respiratória diariamente;
• Tomar corretamente as enzimas e demais medicamentos conforme orientação do profissional de saúde;
• Alimentar-se conforme as orientações;
• Manter todas as vacinas em dia;
• Comparecer regularmente às consultas;
• Exposição ao sol: como todas as crianças, os pacientes com Fibrose Cística necessitam tomar sol diariamente, durante cerca de 30 minutos, com os braços e pernas expostos. Os horários mais adequados são antes das 10 horas da manhã ou depois das 16 horas;
• Fazer atividades físicas e praticar esportes;
• Fumo: As pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes (fumantes passivas) podem ter as mesmas doenças que os fumantes. Nos portadores de Fibrose Cística, a doença poderá ser mais grave se o paciente fumar ou mesmo se conviver com fumantes.
Confira a postagem do Saudável.UFF sobre os riscos do tabagismo.
SAIBA MAIS!
Para mais informações sobre a Fibrose Cística, acesse a cartilha do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico-NUPAD.
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Referências
05/9 – Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística. Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/05-9-dia-nacional-de-conscientizacao-e-divulgacao-da-fibrose-cistica/. Acesso em 24 de maio de 2024.
Fibrose cística. Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/fibrose-cistica/. Acesso em 24 de maio de 2024.
Fibrose Cística: tratamento correto controla a doença e melhora a qualidade de vida. Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/fibrose-cistica-tratamento-correto-controla-a-doenca-e-melhora-a-qualidade-de-vida/. Acesso em 24 de maio de 2024.
OLIVEIRA, M. G. R. et al. Fibrose cística para pacientes e seus cuidadores. 2 ed. Belo Horizonte: Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico-NUPAD/FM/ UFMG, 2017. Disponível em: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/wp-content/uploads/2016/12/Fibrose-Cistica-Cartilha-Digital.pdf. Acesso em 24 de maio de 2024.
por leticiafranca | ago 20, 2024 | Sem categoria
Conhecido como “Agosto Dourado” por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação, o mês do Aleitamento Materno no Brasil foi instituído em 2017 pela Lei nº 13.435 que determina que, no decorrer do mês de agosto, deverão ser intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.
A cor dourada diz respeito ao padrão ouro de qualidade do leite materno – considerado o alimento mais completo para os primeiros meses de vida. É nele que estão as proteínas, vitaminas, gorduras, água e os nutrientes necessários para o saudável desenvolvimento dos bebês. Isso significa que, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite).
A amamentação possui inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o seu bebê.
Siga abaixo algumas orientações sobre o aleitamento materno e sua importância.
As mães devem amamentar os seus bebês até qual idade?
A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) recomendam que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de vida.
Até os 6 meses de vida, o leite materno é suficiente com todos os nutrientes e a hidratação necessária para a criança. Não é preciso ingerir nada além do leite materno, nem mesmo a água.
Recomenda-se que a criança seja amamentada na hora que quiser e quantas vezes quiser. É o que se chama de amamentação em livre demanda. Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com frequência e sem horários regulares. Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia. Muitas mães, principalmente as que estão inseguras e as com baixa autoestima, costumam interpretar esse comportamento normal como sinal de fome do bebê, leite fraco ou pouco leite, o que pode resultar na introdução precoce e desnecessária de complementos. A mãe deve deixar o bebê mamar até que fique satisfeito, esperando ele esvaziar a mama para então oferecer a outra, se ele quiser.
O leite do início da mamada tem mais água e mata a sede e o do fim da mamada tem mais gordura e por isso mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso. No início da mamada o bebê suga com mais força porque está com mais fome e assim esvazia melhor a primeira mama oferecida. Por isso, é bom que a mãe comece cada mamada pelo peito em que o bebê mamou por último na mamada anterior. Assim o bebê tem a oportunidade de esvaziar bem as duas mamas, o que é importante para a mãe ter bastante leite. O tempo de permanência na mama em cada mamada não deve ser fixado, haja vista que o tempo necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê e, numa mesma dupla, pode variar dependendo da fome da criança, do intervalo transcorrido desde a última mamada e do volume de leite armazenado na mama.
A alimentação da mãe também influencia em uma melhor produção do leite?
A melhor forma de manter uma boa produção de leite é o bebê mamar em livre demanda, ou seja, não limitar as mamadas. Quanto mais o bebê mama, mais leite será produzido. Para que a criança consiga retirar o leite com eficiência, é preciso que ela esteja mamando em uma boa posição e com a pega adequada. Outro fator que contribui bastante para ajudar na produção do leite é que a mãe fique em um ambiente tranquilo e sem estresse, tomar bastante líquido, dormir bem e aproveitar para descansar enquanto o bebê também dorme.
Sobre a alimentação materna não há evidências de que determinados alimentos aumentam a produção do leite. Alguns estudos mostram que a mãe que amamenta tem hábitos alimentares mais saudáveis, o que é bom para ela e para o bebê. Revelam ainda que a qualidade da alimentação da mãe tem pouca influência no leite materno. Porém, para a saúde materna, é importante que a mãe tenha uma alimentação variada, equilibrada, coma quando tiver fome e evite dietas restritivas (regimes).
Quais os benefícios do aleitamento materno para a mãe e para o bebê?
O aleitamento materno é essencial para a nutrição e o desenvolvimento infantil. O leite materno é rico em nutrientes necessários e anticorpos que fortalecem o sistema imunológico do bebê, dando-lhe uma defesa natural para uma série de doenças e infecções, como alergias, diarreia e doenças respiratórias, além de ajudar no desenvolvimento cognitivo e a saúde bucal, auxiliando na redução da mortalidade neonatal.
Além de seus benefícios para o bebê, a amamentação também traz vantagens significativas para a mãe, ajudando na recuperação pós-parto e também na prevenção de algumas doenças, como na redução das chances de desenvolver câncer de mama. A amamentação ainda colabora com a mulher a perder mais rápido o peso que ganhou durante a gravidez.
Outros benefícios são menores custos financeiros, promoção de vínculo afetivo entre mãe e filho e melhor qualidade de vida de ambos.
As mães que sentem desconforto ou até dores no momento da amamentação, devem fazer o quê?
No início da amamentação é comum a mulher sentir dor leve ou moderada, e isso acontece devido a forte sucção do bebê, mas isso pode acontecer até a primeira semana de adaptação. Porém mamilos muito doloridos e machucados requer intervenção. A causa mais comum de lesões na mama ocorre por pega e/ou posição incorreta, que causam lesões nos mamilos. Outras causas são mamilos curtos, planos ou invertidos, disfunções orais na criança, freio de língua excessivamente curto, sucção não nutritiva prolongada, uso impróprio de bombas de extração de leite, não interrupção adequada da sucção da criança quando for necessário retirá-la do peito, uso de cremes e óleos que causam reações alérgicas nos mamilos, uso de protetores de mamilo (intermediários) e exposição prolongada a forros úmidos.
Uma vez instaladas essas lesões mamilares, elas são muito dolorosas e, com frequência, são a porta de entrada para bactérias. Então, além de corrigir o problema que está causando a dor mamilar é importante intervir para aliviar a dor e promover a cicatrização das lesões o mais rápido possível. Para aliviar a dor, a mãe pode iniciar a mamada pela mama menos afetada; ordenhar um pouco de leite antes da mamada; amamentar em diferentes posições, reduzindo a pressão nos pontos dolorosos ou áreas machucadas.
O uso de medicações orais ou tópicas deve ser sempre indicado pelo médico que a acompanha.
Nos casos de lesões mamilares muito extensas e a dor é muito forte que a mãe não consegue amamentar, a amamentação pode ser interrompida temporariamente na mama afetada, porém esta mama deverá ser esvaziada por ordenha manual ou com bomba de extração de leite.
Confira os 4 problemas mais comuns da amamentação e saiba como resolvê-los.
Uso de mamadeiras
O Ministério da Saúde não recomenda o uso de mamadeiras e chupetas, que devem ser evitadas. Água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados, pois há evidências de que o seu uso está associado com desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito.
Uso de chupetas
Atualmente, a chupeta tem sido desaconselhada pela possibilidade de interferir negativamente na duração do aleitamento materno, entre outros motivos. Crianças que usam chupetas, em geral, são amamentadas com menos frequência, o que pode comprometer a produção de leite.
Além de interferir no aleitamento materno, o uso de chupeta está associado a uma maior ocorrência de candidíase oral (sapinho), de otite (inflamação dos ouvidos) e de alterações da estrutura bucal.
Qual a melhor posição para amamentar o bebê?
Além dos benefícios já mencionados, o ato de amamentar também está ligado à uma boa respiração e ao fortalecimento da língua, bochechas e lábios. Por isso, sempre é destacada a importância da posição e pega correta do seio, que não apenas garante uma alimentação eficaz, mas também promove o desenvolvimento oral saudável.
1. O bebê deve estar virado para a mãe, perto de seu corpo, apoiado e com os braços livres;
2. A cabeça da criança deve ficar de frente para o seio e o nariz de frente para o mamilo;
3. Só deixe o bebê sugar quando ele abrir bem a boca;
4. Se estiver correta a pega da mama, o bebê fica com a boca bem aberta, lábios virados para fora, queixo encostado no seio, a aréola fica mais acima do que abaixo da boca do bebê e o seu nariz fica livre.
Assista ao vídeo da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre a posição correta para a amamentação.
Recomendações para uma amamentação saudável
● Estabeleça uma rotina: tente amamentar o seu bebê sempre que ele mostrar sinais de fome, isso ajuda a manter uma boa produção de leite.
● Posição correta: garanta que o bebê esteja posicionado de forma confortável e que faça a pega correta, para evitar desconfortos e rachaduras nos mamilos.
● Hidratação e alimentação: Mantenha-se bem hidratada e tenha uma dieta equilibrada para garantir a qualidade do seu leite materno.
● Autocuidado: Tire uma folga! Descanse, relaxe e peça a ajuda da sua rede de apoio quando necessário.
SAIBA MAIS!
Acesse a publicação do Ministério da Saúde para mais orientação sobre o aleitamento materno.
Descubra alguns mitos e verdades sobre a amamentação.
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por leticiafranca | jun 14, 2024 | Sem categoria
A necessidade de sangue seguro é universal. O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais.
Mas o acesso a sangue seguro ainda é um privilégio de poucos. A maioria dos países de baixa e média renda luta para disponibilizar sangue seguro porque as doações são baixas e o equipamento para testar o sangue é escasso. Globalmente, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, que abrigam apenas 16% da população mundial.
Um suprimento adequado de sangue só pode ser garantido através de doações regulares e voluntárias. Por isso, a Assembleia Mundial da Saúde, em 2005, designou um dia especial para agradecer aos doadores e incentivar mais pessoas a doar sangue livremente. A data de 14 de junho foi instituída em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos.
A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem, em média, cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 mL. É pouco para quem doa e muito para quem precisa!
Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas, plasma) e, assim, pode beneficiar vários pacientes com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.
Como é feita a doação de sangue?
Cadastro: O doador, portando um documento oficial com foto, é cadastrado e recebe um questionário para ser respondido. Esse questionário tem o objetivo de avaliar se há alguma situação ou doença que impeça a doação de sangue, portanto as respostas devem ser sinceras e qualquer dúvida deve ser esclarecida na próxima etapa.
Triagem clínica: O doador é entrevistado e examinado por profissional de saúde, em local que garanta a privacidade e o sigilo das informações. Esse profissional verifica as respostas do questionário e avalia pessoas com alto risco de transmitir doenças pelo sangue. O doador deve ser consciente de que as suas respostas são muito importantes para garantir a sua integridade física, bem como a de quem vai receber o seu sangue. A segurança do paciente que recebe transfusão começa com o doador.
Coleta de sangue: A coleta de sangue dura no máximo 10 minutos. Todo o material utilizado é estéril e descartável. Não há risco de contrair doenças doando sangue.
Lanche: após a doação o doador recebe um lanche e informações sobre os cuidados básicos que devem ser tomados após a coleta do sangue.
Requisitos para ser um doador
A fim de proteger a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos na doação e recebimento do sangue, foram estabelecidos alguns critérios que devem ser respeitados:
- Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho certificado de reservista ou carteira do conselho profissional);
- Estar em boas condições de saúde;
- Estar com todas as vacinas em dia;
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (de 16 a 17 anos com autorização do responsável legal);
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
- Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação.
Principais impedimentos temporários
Algumas condições de saúde e hábitos de vida podem impedir a doação de sangue por um determinado período de tempo. Confira abaixo quais são e o intervalo de tempo estimado:
- Gripe, resfriado ou Febre acima de 37°C: 15 dias após o desaparecimento dos sintomas
- Gravidez atual: 3 meses após o parto normal e 6 meses após a cesariana
- Amamentação: 1 ano após o parto
- Ingestão de bebidas alcoólicas: 12 horas
- Uso de alguns medicamentos: o intervalo de tempo varia de acordo com o tipo de medicamento
- Cirurgias: o intervalo de tempo varia de acordo com o tipo de cirurgia
- Endoscopia e colonoscopia: 6 meses
- Extração dentária: 72 horas
- Tatuagem ou piercing: 1 ano sem doar
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina
- Transfusão de sangue: 1 ano
Principais impedimentos definitivos
Infelizmente, algumas situações impedem a doação de sangue permanentemente, pois apresentam grande risco para quem vai recebê-lo. São elas:
- Hepatite após os 11 anos de idade (exceto casos comprovados de hepatite A);
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas
- Malária
- Doença de Parkinson
- Câncer
- Diabetes mellitus
- Doenças graves no coração, fígado, rins ou pulmões
- Uso de drogas ilícitas injetáveis
Intervalos de tempo para doação
- Homens – 60 dias (máximo de 04 doações nos últimos 12 meses).
- Mulheres – 90 dias (máximo de 03 doações nos últimos 12 meses).
Mitos e verdades sobre a doação de sangue
- No Brasil, a doação de sangue NÃO é remunerada! Mas, podem existir benefícios para doadores, como: meia entrada em cinemas, teatros, shows.
- Mulheres que estiverem menstruadas podem, SIM, doar sangue durante esse período. A perda sanguínea acarretada pela menstruação é prevista e reposta pelo organismo feminino.
- Doar sangue NÃO traz doenças. O procedimento é seguro, feito com material descartável e não há contato com sangue de outro indivíduo.
- A doação NÃO deixa o sangue “mais fino” ou “mais grosso”.
- Doar sangue NÃO emagrece e NÃO engorda.
Quais os locais para se fazer doação de sangue?
Rio de Janeiro: O Hemorio é o principal Hemocentro da cidade do Rio de Janeiro. Endereço: Rua Frei Caneca, 8, Centro. Telefone para contato: 0800-2820708.
Niterói: O Hemocentro Regional de Niterói – Hospital Universitário Antônio Pedro – é um local de referência para a coleta de doações de sangue. Endereço: Rua Marquês do Paraná, 303, Centro. Horário para Doações: 2ª e 4ª das 8h às 15h30 / 3ª, 5ª e 6ª das 8h às 12h30. Telefone para contatos e verificação de agendamentos: 21- 2629-9063.
A honestidade também salva vidas. Ao doar sangue, seja sincero na entrevista.
Doe sangue, salve vidas!
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Referências
Doar sangue é um ato de solidariedade. Junte-se a esta causa e salve vidas”: 14/6 – Dia Mundial do Doador de Sangue. Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/doar-sangue-e-um-ato-de-solidariedade-junte-se-a-esta-causa-e-salve-vidas-15-6-dia-mundial-do-doador-de-sangue/. Acesso em: 01 de jun. 2024.
DOE. Hemorio. Disponível em: https://www.hemorio.rj.gov.br/html/doacao_doe.htm. Acesso em: 01 de jun. 2024.
RANGEL, R. Junho Vermelho: sua doação de sangue pode salvar vidas. FeSaude, Niterói: 2021. Disponível em: https://www.fesaude.niteroi.rj.gov.br/sua-saude/junho-vermelho-sua-doacao-de-sangue-pode-salvar-vidas. Acesso em: 01 de jun. 2024.Requisitos básicos para doação de sangue. Fundação pró-sangue, hemocentro de São Paulo. Disponível em: https://www.prosangue.sp.gov.br/artigos/requisitos_basicos_para_doacao.html. Acesso em: 01 de jun. 2024.