por theoleoneli | set 27, 2024 | Post
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é líder global em transplantes de órgãos, tecidos e células, sendo que o Sistema Único de Saúde (SUS) financia aproximadamente 95% dessas operações no País. Em termos absolutos, o Brasil é o segundo maior executor de transplantes do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (EUA).
De janeiro a junho de 2023, o Brasil registrou mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos, marcando um recorde em comparação com o mesmo período dos últimos dez anos. Isso possibilitou a realização de mais de 4,3 mil transplantes no primeiro semestre de 2023, de acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Quem pode doar?
Qualquer pessoa que venha a falecer por morte encefálica pode ser doadora, desde que sua família autorize a doação de órgãos ou tecidos.
Apenas algumas condições, como certos tipos de câncer e HIV, impedem a doação. Para a doação de tecidos, além da morte encefálica, a pessoa pode ter falecido com o coração parado.
O primeiro passo para se tornar um doador é conversar com sua família e expressar claramente seu desejo. Não é necessário deixar um documento escrito, mas é importante que os familiares concordem em autorizar a doação após a sua morte, o que deve ser formalizado por escrito.
Os familiares que podem autorizar a doação incluem pais, filhos, avós, netos, irmãos e cônjuges (ou companheiros em união estável). O legislador não estabeleceu forma rígida para permitir doações, de modo que a autorização pode ser dada por escrito e diante de testemunhas ou, até mesmo verbalmente, inclusive pela família quando estiver ciente do desejo da pessoa de doar, caso esta venha a tornar-se incapacitada de exprimir a vontade. Por isso é tão importante conversar com os familiares sobre a doação de órgãos, além da conscientização.
No Brasil, a doação de órgãos entre pessoas vivas é permitida entre parentes até o quarto grau ou cônjuges. Antes de doar, o potencial doador deve passar por uma avaliação detalhada por um médico, garantindo que esteja em perfeitas condições de saúde. Fatores como a compatibilidade sanguínea são essenciais para o sucesso da doação. Também são realizados testes especiais para identificar o doador com maior probabilidade de êxito entre os familiares avaliados.
O que é morte encefálica?
A morte encefálica é a morte do cérebro (encéfalo), de todas as suas partes, incluindo o tronco cerebral que é a parte do encéfalo que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a temperatura do corpo. Quando existe morte do encéfalo, a parada do coração e de todos os órgãos é inevitável depois de algum tempo. As funções do corpo só conseguem ser mantidas temporariamente de modo artificial pelos equipamentos existentes em uma UTI. O paciente com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo, tanto para os médicos como para a lei. Há um protocolo feito por no mínimo dois médicos diferentes para que se tenha certeza da morte encefálica.
O que pode se doar?
- Coração – Retirada antes da parada cardíaca;
- Pulmões – Retirada antes da parada cardíaca ;
- Fígado – Retirada antes da parada cardíaca;
- Pâncreas – Retirada antes da parada cardíaca;
- Rins – Retirada até 30 minutos após parada cardíaca;
- Córneas – até 6 horas após parada cardíaca;
- Ossos – até 6 horas após parada cardíaca.
A doação em vida pode incluir a doação de um órgão par (como um rim) ou uma parte de um órgão (como fígado, pâncreas ou pulmão), além de tecidos como a medula óssea. É fundamental que a doação não represente nenhum risco à saúde do doador, pois a legislação brasileira sobre transplantes proíbe que a doação comprometa gravemente a qualidade de vida do doador.
A Medula óssea só é feita com o doador vivo compatível, por meio de punção no osso da bacia ou coleta de sangue.
Também é importante se atentar que para doar alguns órgãos há limite de idade como: 75 anos para os rins, 70 para o fígado, 65 para peles, ossos e válvulas cardíacas, 55 para o pulmão, o coração e medula óssea, 50 para o pâncreas.
Proibido interesse financeiro!
No Brasil, a Constituição Federal estabelece que a lei regulará a remoção de órgãos, tecidos e sangue para transplantes, pesquisa e tratamento, proibindo a comercialização. A doação gratuita e com fins humanitários ou científicos é permitida, conforme regulamentado pela conhecida Lei dos Transplantes.
O Código Penal também tem suas disposições contra quem comete crimes nesse sentido: prevê reclusão de quatro a oito anos, mais multa, a quem corrobora no crime (seja ameaça, violência ou fraude) com a intenção de remover órgãos, tecidos ou parte do corpo. A pena é aumentada se o crime for cometido por funcionário público no exercício das funções ou se praticado contra criança, adolescente, idoso ou deficiente.
SAIBA MAIS!
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Referências
- GABRIEL. Doação de órgãos. Disponível em:
https://www.gabriel.org.br/conteudo/doacao-de-orgaos/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjw9Km3BhDjARIsAGUb4nxtjn50Z8ibFRcPhpdixrfHQdCPKUbaqIEBsSaYreZWIr5zmg5ziIwaAmSeEALw_wcB. Acesso em: 20 set. 2024.
por julianafrazao | jun 12, 2024 | Post
Parece que chegou a hora de acender a discussão sobre um dos temas mais importantes da saúde pública: o tabagismo.
De cigarros a narguilés, esse hábito prejudicial está causando estragos em escala global, resultando em milhões de vidas perdidas a cada ano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo não é apenas um mau hábito, mas sim uma doença crônica séria, sendo a principal causa de morte evitável em todo o mundo.
No dia 31 de maio, celebramos o Dia Mundial sem Tabaco. Instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, essa iniciativa visa sensibilizar a população sobre os problemas de saúde associados ao tabagismo e destacar os riscos relacionados ao consumo de tabaco.
Já o 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Criado pela Lei Federal nº 7.488 em 1986, este dia tem como objetivo sensibilizar e mobilizar a população sobre os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
Quais são as formas de uso do tabaco? Nos mercados nacional e internacional, há uma variedade de itens derivados do tabaco que podem ser usados de diversas formas: fumado, inalado, aspirado, mascado ou absorvido pela mucosa oral. Todos os produtos à base de tabaco contêm nicotina, substância que pode causar dependência e aumentar o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DNCT). No Brasil, a forma predominante do uso do tabaco é fumado.
Por que tantas pessoas continuam fumando? A resposta está na nicotina, uma substância poderosa e viciante que produz alterações no sistema nervoso central (SNC), modificando o estado emocional e comportamental do fumante. Esta vilã não apenas causa dependência física, mas também exerce um controle poderoso sobre as mentes dos fumantes, dificultando ainda mais a batalha para abandonar o vício.
O que te leva a acender um cigarro?
A busca pelo prazer, a influência do meio social e a curiosidade são apenas alguns dos motivos que levam alguém a experimentar o tabaco. A influência dos pais, amigos e até mesmo ídolos desempenha um papel crucial. Adicione a isso a disponibilidade do produto, seja por venda ilegal a menores de idade ou publicidade persuasiva, e você tem uma receita para o aumento do consumo.
No Brasil, a publicidade direta de cigarros está proibida desde 1996. Medidas restritivas à publicidade, junto com legislações, políticas econômicas e educativas, têm se mostrado eficazes para reduzir o consumo de tabaco.
Vantagens de Largar o Cigarro
Deixar de fumar não é apenas um alívio para a saúde, mas uma nova chance de vida. Em pouco tempo, seu corpo começa a se recuperar:
- 20 minutos: pressão arterial e pulsação normalizam.
- 2 horas: a nicotina já não circula no sangue.
- 8 horas: os níveis de oxigênio se estabilizam.
- 12 a 24 horas: melhora na função pulmonar.
- 2 dias: o olfato e o paladar se intensificam.
- 3 semanas: a respiração fica mais fácil e melhora a circulação sanguínea.
- 1 ano: o risco de infarto reduz pela metade.
- 10 anos: o risco de doenças cardíacas se iguala ao de não fumantes.
Enfrentando os Desafios: Sintomas de Abstinência
Parar de fumar é uma jornada desafiadora, repleta de obstáculos e sintomas desconfortáveis que muitos ex-fumantes enfrentam durante o processo de abstinência. Alguns desses sintomas podem incluir dor de cabeça, tontura, irritabilidade, agressividade, alterações no sono, dificuldade de concentração, tosse e indisposição gástrica. Esses são sinais reveladores da síndrome de abstinência da nicotina, embora seja importante ressaltar que nem todos os que abandonam o tabagismo os experimentam.
É fundamental compreender que esses sintomas tendem a diminuir gradualmente ao longo do tempo, desaparecendo geralmente dentro de uma a duas semanas, embora em alguns casos possam persistir por até quatro semanas.
Um dos desafios mais intensos é a conhecida “fissura”, uma forte vontade de fumar que pode surgir repentinamente. No entanto, é reconfortante saber que esse desejo geralmente dura apenas cerca de cinco minutos e diminui em intensidade ao longo do tempo, com intervalos cada vez maiores entre um episódio e outro.
Os Perigos do Tabagismo Passivo
Não são apenas os fumantes que sofrem as consequências do tabagismo; os fumantes passivos, aqueles que inalam a fumaça de cigarros de outras pessoas, também enfrentam sérios riscos à saúde. A exposição à fumaça do tabaco pode causar doenças respiratórias. As crianças são os principais indivíduos expostos à poluição pelo fumo dos adultos, muitas vezes pelos próprios pais.
Além disso, o tabagismo passivo pode começar ainda na fase intrauterina. Gestantes submetidas ao fumo passivo aumentam as chances do bebê nascer com baixo peso, apresentar defeitos congênitos, sofrer aborto espontâneo ou nascer prematuro. Mesmo após o nascimento, lactentes expostos à nicotina durante a amamentação, por meio do leite materno, podem desenvolver sintomas de intoxicação.
Crianças expostas à fumaça do tabaco têm maior probabilidade de desenvolver doenças respiratórias e adoecer duas vezes mais do que os filhos de não fumantes. Proteger os não fumantes da exposição à fumaça do tabaco é crucial para a saúde pública e para garantir um futuro mais saudável para nossas crianças.
Cigarro eletrônico e Narguilé
O cigarro eletrônico e o narguilé são produtos que contribuem para a iniciação do uso do cigarro comum e carregam danos à saúde ainda mais preocupantes. De acordo com a OMS, o uso do narguilé é mais prejudicial que o cigarro comum, uma sessão de 20 a 80 minutos de narguilé equivale à exposição à fumaça tóxica presente em 100 cigarros. Além disso, o uso coletivo e o compartilhamento do bocal podem contribuir para a exposição a doenças virais, como herpes e hepatite C, e bacterianas, como a tuberculose.
Não se deixe enganar pelos mitos: cigarro eletrônico e narguilé não são alternativas seguras ao cigarro tradicional. É hora de conscientizar sobre os perigos reais que esses produtos representam para a nossa saúde e para a saúde daqueles ao nosso redor.
Tratando o Tabagismo
O tratamento contra o hábito de fumar deve ser abrangente e acessível. Felizmente, no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito, incluindo terapias comportamentais e medicamentos, como terapia de reposição de nicotina e bupropiona. Converse com um profissional de saúde, como seu médico ou farmacêutico. Os farmacêuticos podem prescrever medicamentos isentos de prescrição (MIPs) para a dependência do tabaco e os sintomas da síndrome de abstinência de nicotina, conforme disposto na IN 120/2022. Entre os MIPs estão adesivos transdérmicos, pastilhas e gomas de mascar.
E, para aqueles que enfrentam a temida síndrome de abstinência, lembrem-se: os primeiros dias são os mais difíceis, mas com o tempo, os sintomas diminuem.
Diga Não ao Tabaco, Diga Sim à Vida
O tabagismo é uma batalha, mas com intervenções eficazes e apoio adequado, é possível vencer. É hora de conscientizar sobre os perigos do tabaco e fornecer os recursos necessários para quem deseja largar esse hábito prejudicial. Juntos, podemos dar adeus ao tabagismo e dar as boas-vindas a uma vida mais saudável.
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Referências
ALEXANDRINO, D. F. L.; ROCHA, B. B.; IVANICSKA, R. F. Educação brasileira: inovações, perspectivas e experiências. Editora Schreiben, 2021. DOI: 10.29327/542808.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Doenças relacionadas ao tabagismo. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/dados-e-numeros-do-tabagismo/doencas-relacionadas-ao-tabagismo. Acesso em: 28 maio 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Tratamento do tabagismo. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/tratamento. Acesso em: 27 maio 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instrução Normativa IN nº 120, de 9 de março de 2022. Disponível em: https://in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-120-de-9-de-marco-de-2022-386103774. Acesso em: 7 jun. 2024.
CARDOSO, T. C. A.; ROTONDANO FILHO, A. F.; DIAS, L. M.; ARRUDA, J. T. Aspectos associados ao tabagismo e efeitos na saúde. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, v. 10, n. 3, p. e11210312975, 2021.
FILHO, C. B. B.; MARTINS, M. V. M.; GOMES, L. Z.; NALON, K. M. de P.; CARVALHO, V. B. de; FONSECA, R. C. P.; MEDEIROS, T. L. de; BUTERI, C. B. Tabagismo no Brasil: impacto econômico na saúde pública e seu tratamento. Revista Eletrônica Acervo Médico, v. 1, n. 1, p. e9043, 15 out. 2021.
MAHMUD, I. C. et al. Tabagismo em idosos: uma revisão integrativa. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 31, n. 2, p. 1-15, 2021.
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Cadernos de Promoção da Saúde: Controle do Tabagismo na Atenção Primária à Saúde. Carioca Livre do Fumo. Rio de Janeiro, 2023. Disponível em: https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/Prefeitura_CadernosPromoc%CC%A7a%CC%83oSau%CC%81de_TratamentoTabagismo_Online_v4_(1).pdf. Acesso em: 27 maio 2024.
por leticiafranca | maio 5, 2024 | Post
Ao primeiro sinal de dor, o que você faz? Procura um médico ou toma um medicamento por conta própria? Mesmo que essa prática seja inadequada, muita gente ainda se automedica, o que pode gerar uma série de danos para o organismo.
Quer entender mais sobre o uso racional de medicamentos? Neste post, nós explicamos melhor sobre o assunto. Confira!
De acordo com uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF), de 2019, 77% dos brasileiros costumam se automedicar. Outra pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) mostra que aproximadamente 20 mil pessoas morrem anualmente no Brasil em decorrência da automedicação.
Com o intuito de aumentar a conscientização da população sobre a importância de evitar a prática, foi criado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, em 05 de maio.
Mas o que é a automedicação? É o ato de tomar medicamentos por conta própria, sem a orientação de um profissional de saúde. A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina, incluindo interações medicamentosas, alergias, dependência, intoxicação e até mesmo a morte.
Por este motivo, fazer o uso racional de medicamentos é imprescindível para evitar esses problemas. É importante ter em mente que o uso racional de medicamentos consiste em ingerir medicamentos que são adequados para o seu caso, na dose apropriada, pelo tempo necessário e pelo menor custo.
Na prática, todos são responsáveis por promover o uso racional e correto de medicamentos, incluindo o governo, indústria, profissionais da saúde (como médicos e farmacêuticos) e o próprio paciente.
Siga abaixo orientações básicas para o uso correto de medicamentos.
Durante a consulta médica
- Durante a consulta com o seu médico, diga todos os medicamentos que utiliza, tenham sido eles prescritos ou não.
- Diga se você é alérgico a algum medicamento ou possui alguma dificuldade em utilizá-lo.
- Informe se está ou pretende ficar grávida.
- Diga se fuma, bebe álcool ou pratica exercícios físicos.
- Tire todas as suas dúvidas sobre os medicamentos prescritos: Qual a dose a ser tomada? Quantas vezes ao dia devo tomar? Por quanto tempo devo usar o medicamento? Como tomar?
- Não deixe de informar se você tem dificuldade de leitura.
- Pergunte sobre o que pode acontecer se você misturar seus medicamentos com outros medicamentos, alimentos, bebidas e cigarro.
Essas informações ajudarão o profissional da saúde a indicar o melhor tratamento para o seu caso.
Na farmácia
- Ao receber o medicamento, confira se é de fato o que foi prescrito pelo seu médico.
- Em caso de dúvidas sobre o uso dos medicamentos, procure o farmacêutico.
- Observe a validade do medicamento na embalagem antes de comprá-lo.
- Não use medicamentos vencidos, pois eles podem não funcionar adequadamente ou trazer prejuízos a sua saúde.
- Não compre medicamentos com a embalagem violada, lacre rompido, rótulo solto, apagado ou borrado.
- Solicite a nota fiscal ao comprar o medicamento nas drogarias para garantir a possibilidade de devolução ou troca do produto.
Durante o uso do medicamento
- O alívio da dor ou o desaparecimento dos sintomas não significa a cura da doença, portanto, interromper o tratamento antes do prazo determinado na prescrição médica pode ser prejudicial a sua saúde.
- Antes de tomar qualquer medicamento, é importante ler atentamente as instruções da bula.
- Use os medicamentos nas doses, horários e pelo tempo recomendados pelo seu médico.
- Sempre tome seu medicamento com água, nunca com refrigerante, leite ou chá.
- Não abra cápsulas ou parta comprimidos, siga as instruções da receita e do profissional de saúde.
- Não use medicamentos indicados por outras pessoas, como amigos, vizinhos e parentes.
- Se algum sintoma indesejado aparecer, procure imediatamente o profissional de saúde. Nunca altere a dose ou suspenda o tratamento sem a orientação do médico!
Cuidados ao guardar
- Ao comprar medicamentos, peça orientação ao farmacêutico sobre como armazená-los.
- Leia atentamente as instruções na bula e na embalagem para saber como guardar e conservar o medicamento.
- Alguns medicamentos devem ser armazenados na geladeira. Essa informação pode ser obtida na embalagem ou bula do produto.
- Nunca guarde os medicamentos em lugares quentes, úmidos ou com muita luz, como banheiros, cozinhas ou no carro.
- Mantenha os medicamentos em sua embalagem original e não jogue sua bula fora.
- Não reutilize frascos vazios de medicamentos para guardar outros medicamentos.
- Atenção! Mantenha os medicamentos fora do alcance de crianças e animais.
Cuidados com o descarte
- Descarte seus medicamentos corretamente! Jogá-los no lixo comum pode causar intoxicações e até morte para aqueles que trabalham em lixões.
- Não jogue seus medicamentos na pia ou vaso sanitário! Pois os resíduos dos medicamentos podem contaminar o solo e a água.
- Procure um posto de coleta em farmácias e drogarias para fazer o descarte adequado do seu medicamento.
Confira a postagem do @saudavel.uff sobre como descartar corretamente seus medicamentos, clique aqui.
SAIBA MAIS!
Para mais informações sobre o uso racional de medicamentos, acesse a cartilha do Ministério da Saúde: clique aqui.
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Referências
05/5 – Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/05-5-dia-nacional-do-uso-racional-de-medicamentos/. Acesso em: 22 abr. 2024.
AUTOMEDICAÇÃO é um hábito comum a 77% dos brasileiros. Portal G1, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/05/13/automedicacao-e-um-habito-comum-a-77percent-dos-brasileiros.ghtml. Acesso em: 22 abr. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos Cartilha para a promoção do uso racional de medicamentos. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_promocao_uso_racional_medicamentos.pdf. Acesso em: 22 abr. 2024.
CAMPANHA sobre o uso racional de medicamentos. CRF-RJ, 2022. Disponível em: https://crf-rj.org.br/uso-racional-medicamentos.html#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20uso%20racional,si%20e%20para%20a%20comunidade. Acesso em: 22 abr. 2024.
CARVALHO, J. P.; BARROS, M. G. Uso correto de medicamentos: cartilha. Rio de Janeiro: Instituto de Tecnologia em Fármacos, 2011. 16 p. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/documento/cartilha-uso-correto-de-medicamentos. Acesso em: 22 abr. 2024.
FERREIRA, J. F. M. Por que milhares de pessoas morrem de “eventos adversos”? Veja, Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/letra-de-medico/por-que-milhares-de-pessoas-morrem-de-eventos-adversos/. Acesso em: 22 abr. 2024.